sexta-feira, 21 de novembro de 2008

MARGEM ESQUERDA DO RIO
Do lado esquerda do rio, junto ao estuário onde desembarcaram vários povos, que encantados com a sua grandeza amenidade e calmaria iam ficando fascinados, deixando-se ficar, como se tivessem avistado alguma sereia.
Ao rio ao longo dos tempos, esses povos nas suas línguas o iam denominando até que, finalmente ficou o nome por é conhecido hoje, TEJO.
Junto à foz e ao estuário, foram construindo a grande cidade, que também conheceu diversos nomes.
Actualmente a grande, cosmopolita, a bonita e portuária cidade, que já foi capital de um faustoso império, dá pelo nome de Lisboa.
A Paula, uma loiraça tão atraente quanto insinuante, uma mulher de quem se podia dizer, com propriedade:
- Um bom pãooo!...
Na sua pequena cidade do interior, onde não parecia acontecer algo de empolgante, como por certo na grande Lisboa, junto á foz do Rio Tejo, o grande colosso, conhecido mundialmente.
Afinal talvez, o dito “terras pequenas não fazem gente grande”, talvez fizesse sentido!
O pensamento estava a ser equacionado na cabeça de Paula que, acumulava o lugar de Secretária de Direcção, com o de jornalista “Freelancer”.
E se cambiasse o seu modo de vida, mudando-se para a capital?
Se bem o pensou, depressa o fez! De repente, mudou-se de armas e bagagem!
Em breve, tinha a sua nova morada na grande cidade, veria como aconteceriam os factos que tinha na ideia!Em primeiro lugar, arranjou o seu escritório, onde lhe pareceu ser uma das partes mais modernas da cidade, o sítio ideal para exercer a função de detective particular, já que a mesma era extremamente compatível, senão adequada, ao desejo de fazer jornalismo de investigação.
Para uma maior credibilidade, tratou de arranjar um ajudante, a quem instalou numa mesa secretária com computador ligado à Internet, tal como o seu.
Campelo era o seu nome, o rapaz era alto e bem apessoado.
De propósito, a selecção não incidiu em alguém com dotes de inteligência, para isso bastava ela, mas alguém dócil que obedecesse prontamente às suas ordens e com quem dialogasse sobre os problemas que se haviam de deparar, como se estivesse a monologar.
Atraente presença física era o que procurava!
Como qualquer empresário, que se preze, reservou determinada verba para publicitar a actividade
Da mesma resultou o primeiro cliente, a Zeca. Debatia-se com uma questão, um pequeno problema:
O marido com a mania de ser atraente, qual galã cinematográfico, tanto aparecia com verbas engraçadas, a convidá-la para um grande jantar, como a apresentar lisura a pedir-lhe algo do seu ordenado para os seus gastos.
O Helmer era assim mesmo!... O marido da Zeca tinha um grande poder de negociação.
Gastador, tanto podia arranjar e aparecer com dinheiro, que logo se “esforçava” por gastar ficando à “pita”, porque tinha sempre à mão a mulher, muito mais inteligente e cerebral, com a sua solidariedade.
A Zeca saiu, a formosa Paula esfregou as mãos, fez conversa com Campelo, presença que obviamente convocara para assistir.
Depois do que cismou enquanto, rapidamente ia delineando a estratégia a seguir, para o primeiro e interessante caso.
Daniel Costa

4 comentários:

ETERNA APAIXONADA disse...

*****

Pela margem esquerda do Tejo revela sua veia poética e nos faz viajar!
Assim conhecer as his(es)tórias de Lisboa e arredores será muito bom!
Boas inspirações e reedições de seus trabalhos!
Grande abraço ao amigo!

*****

Lúcia Laborda disse...

Oie lindo! Que belo post, viu? Parabéns pelo novo blog!
Histórias tão bem contadas, que nos faz conhecer um pouco mais sobre Portugal.
Um fim de semana cheio de boas novas, saúde e felicidade!
Beijos

Val Du disse...

Tens um jeito de contar histórias muito interessante, faz a gente passear por elas.

Beijos.

Vanuza Pantaleão disse...

Que surpresa nos trazes, Daniel!
O belo Tejo e, consequentemente, Lisboa, como cenários de uma história policial, de detetives, tudo se desenrolando como um filme...ADOREI!!!Bjssss